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O Ibovespa fechou em alta de 0,56% nesta quinta-feira (25), aos 113.531 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou, em parte, o que foi visto no exterior.

Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançaram, respectivamente, 0,98%, 1,41% e 1,67%. Os títulos do tesouro americano recuaram, dando alívio para os ativos de risco – os com vencimento em dez anos tiveram suas taxas perdendo 7,5 pontos-base, indo a 3,031%, e os para dois anos recuaram 1,2 ponto, para 3,374%.

“Lá fora os investidores estão ainda mais atentos a Jackson Hole, principalmente após a publicação da prévia do produto interno bruto (PIB) americano do segundo trimestre nesta quinta, que trouxe maior temor em relação às atitudes dos membros do Fed”, avalia Heitor Martins, especialista em renda variável da Nexgen Capital.

A economia americana, segundo a divulgação, recuou 0,6% entre abril e junho, menor do que o consenso de queda de 0,8% do mercado.

“O mercado, apesar da aproximação da fala de Jerome Powell [diretor do Federal Reserve], já estava precificando uma fala mais agressiva nos últimos dias. Hoje teve um movimento menor do que vinha acontecendo, com o dólar entregando um pouco da apreciação recente, bem como a curva de juros lá fora”, destaca Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.

Hoje, diversos diretores do Federal Reserve falaram durante o evento que esperam elevar a taxa de juros para um nível entre 3,5% e 4% – além de defenderem que a fed funds fique em patamares elevados por mais tempo.

O DXY, índice que mede a força da moeda americana frente a uma cesta de divisas de países desenvolvidos, caiu 0,22%, aos 108,43 pontos. Frente ao real, o dólar fechou praticamente estável, com leve alta de 0,02%, a R$ 5,111 na compra e a R$ 5,112 na venda.

A curva de juros brasileira tomou a direção contrária em meio às incertezas e registrou seu segundo dia consecutivo de altas. Os DIs para 2023 tiveram suas taxas subindo um ponto-base, para 13,72%, e os para 2025, sete pontos, para 12,11%. Os DIs para 2027 e 2029, no meio da curva, viram seus rendimentos saltarem 13 e 10 pontos, para 11,85% e 11,95%, respectivamente. Na ponta longa, o contrato para 2031 ganhou 11 pontos, indo a 12,04%.

Mesmo com os juros ganhando força, quem registrou as maiores altas do Ibovespa foram as companhias do setor de consumo e de turismo. As ações preferenciais da Alpargatas (ALPA4) subiram 10,06%, as da Azul (AZUL4), 5,62% e as da Gol (AZUL4), 5,49%. Logo atrás vieram as ordinárias da Petz (PETZ3) e as da Magazine Luiza (MGLU3), que subiram 5% e 4%, na sequência.

Algumas empresas de commodities também ajudaram a puxar as altas, repercutindo notícias da provindas da Ásia – as ações ordinárias da Vale (VALE3) subiram 1,94% e as preferenciais da Gerdau (GGBR4), 1,44%.

“Na China, primeiro houve o anúncio do pacote de estímulos do governo de quase US$ 250 bilhões, o que foi bem recebido em meio a dúvidas se o gigante conseguirá recuperar seu crescimento após ser penalizado pelos lockdowns”, comenta Jennie Lie, estrategista da XP Investimentos. “Depois houve a notícia de que legisladores dos EUA e da China estão trabalhando em conjunto para que as companhias chinesas nos EUA possam ser auditadas, o que evitaria a incerteza que se arrasta de que as companhias seriam deslistadas”.

Entre as principais quedas do Ibovespa ficaram as ações preferenciais série B da Eletrobras (ELET6), com menos 1,78%, as preferenciais da Cemig (CMIG4), com menos 1,71%, e as ordinárias da Engie (EGIE3), com menos 1,67%.

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Fonte

www.infomoney.com.br

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