Em meio aos Alpes suíços, a cidade de Davos começou a receber neste final de semana os 2,5 mil participantes do Fórum Econômico Mundial, que volta a ser presencial depois de dois anos de pandemia. A abertura oficial será neste domingo, com um jantar oferecido por Klaus Schwab, o fundador e atual chairman da organização que faz o evento.
Ao contrário de outros anos, essa edição não acontece em janeiro, quando a região está coberta pela neve, mas a forte segurança é semelhante nas ruas centrais da cidade, algumas fechadas com estruturas de concreto e o patrulhamento de várias viaturas. Circulando, apenas transporte público e os grandes carros escuros das delegações.
A expectativa é receber 50 chefes de Estados, mas o mais esperado não virá pessoalmente, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Ele fala por vídeo nesta segunda-feira, a partir das 6h15 (pelo horário de Brasília).
Zelensky não virá pessoalmente, mas o Fórum vai receber o ministro da Economia do país em guerra. Serhiy Marchenko vai participar pessoalmente de alguns eventos. Em um deles, a discussão é o plano de reconstrução da Ucrânia, em guerra há quase três meses. Quem também virá é o prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko.
Em meio à guerra mais longa que o esperado e às implicações geopolíticas para a Europa e o mundo, a Ucrânia será tema não só de eventos oficiais dentro do Fórum, mas também de encontros paralelos, realizados nos hotéis da cidade.
Um dos mais esperados é o que terá a participação do veterano Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, em uma conversa liderada por Schwab.
Paulo Guedes em Davos
Nesta edição, o Brasil, junto com Indonésia, Arábia Saudita e União Europeia, está entre os países e regiões que terão painéis de discussão exclusivos.
O Brasil estará representado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e, em sua agenda, estão previstas reuniões sobre crescimento sustentável, parcerias econômicas com a Ásia e o Pacífico, perspectivas da conjuntura econômica global e parcerias econômicas na América Latina.
“Guedes vai apresentar o Brasil como destino privilegiado para investimentos e como um país destacado para soluções de segurança energética e alimentar internacional”, diz nota do ministério da Economia.
#AGENDAECONÔMICA | Durante o encontro em Davos de 22 a 26 de maio, estão previstas na agenda do ministro reuniões sobre crescimento sustentável, parcerias econômicas com a Ásia, o Pacífico e na América Latina e perspectivas da conjuntura econômica global. https://t.co/B5UELUvvIV pic.twitter.com/MbjIVsozHZ
— Ministério da Economia (@MinEconomia) May 22, 2022
Agenda: Fórum Econômico Mundial
O ministro da Economia, Paulo Guedes, terá em Davos uma reunião com Martin Escobari, copresidente da gestora General Atlantic e chefe das operações na América Latina do fundo de private equity, que administra US$ 86 bilhões.
A reunião com Escobari está marcada para esta segunda-feira (23), às 19h pelo horário local (14h de Brasília). A General Atlantic tem feito investimentos regulares no Brasil e é um dos acionistas do banco digital Neon. Na semana passada comprou um bloco de ações da Locaweb em leilão na B3.
Após Escobari, Guedes participa de um jantar do BTG Pactual, que acontece em um hotel em evento paralelo ao Fórum Econômico Mundial. O banqueiro André Esteves, que em abril voltou ao comando do conselho do banco, está participando do evento.
Em Davos, Guedes participa ainda de dois debates do Fórum, um sobre ESG (sigla em inglês para práticas de governança, sociais e ambientais) na terça-feira (24) e outro sobre aumento do endividamento mundial, na quarta-feira (25). Nos compromissos do ministro devem ser informados nos próximos dias.
(Com Estadão Conteúdo)
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Fonte
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