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Atualmente uma gestora multiestratégia, com 44 fundos e R$ 7,8 bilhões sob gestão, a Valora Investimentos começou sua trajetória em outro ramo. A empresa nasceu como consultoria estratégica voltada para restruturação de empresas.

Mas como uma ideia sempre abre um leque de oportunidades, o foco na reestruturação acabou representando o pontapé inicial de uma transição da Valora para a gestão de recursos. A razão foi a alta necessidade de recursos das empresas atendidas pela então consultoria.

Dessa forma, com o objetivo de captar recursos para a reestruturação das empresas, a Valora começou a mudar de ramo em 2005. A história dessa transição foi um dos temas abordados por Daniel Pegorini, sócio-fundador e gestor da Valora Investimentos, no episódio número 70 do podcast Outliers, apresentado por Samuel Ponsoni, gestor de fundos da família Selection na XP, e Carol Oliveira, coordenadora de análise de fundos da XP.

Pegorini conta que durante três anos seguiu com seu trabalho de reestruturação. As atividades de gestão de recursos seguiam uma estrutura similar à de um family office. Só em 2008 a Valora passou, de fato, a realizar a gestão de recursos de terceiros.

A gestora, como é conhecida atualmente, começou a operar em 2009.

Segundo Pegorini, a Valora passou no mínimo por duas grandes refundações desde o seu começo, em 2005. E em sua visão, isso não é um problema. Pelo contrário: a capacidade de se adaptar a diversos cenários foi o que possibilitou à gestora a aprimorar suas expertises e promover o desenvolvimento de novas soluções para os investidores.

A primeira foi a migração para a gestão de recursos, entre 2008 e 2009. A segunda foi ter incluído, entre as suas estratégias, fundos listados na Bolsa.

A chegada da Valora aos investimentos imobiliários marca, na visão de Pegorini, uma nova dinâmica de negócio. E foi necessário se especializar para oferecer as melhores soluções.

Criação de verticais, aprimoramento de estratégias e novas soluções para o mercado têm sido uma busca constante da Valora, segundo o gestor. Atualmente, a gestora atua em seis diferentes verticais de negócios, com estratégias voltadas para a renda fixa, fundos listados e private equity.

Pegorini lembra que a gestora avançou passo por passo em suas atividades: começou com fundos estruturados fechados, criou estratégias abertas para todos os investidores, até começar a trabalhar com fundos listados. Hoje, além dos fundos imobiliários, também são temas importantes os Fiagros, os fundos de infraestrutura e os mandatos de private equity.

Questionado sobre o cenário atual de juros, com a Selic aos 13,25% ao ano, o que torna a renda fixa mais atrativa, o gestor reforça a necessidade de analisar com cuidado os ativos imobiliários. Segundo ele, apesar da ideia de que estes sofrem com o aumento de custo de capital, a diversificação é necessária sob a ótica de gestão da carteira.

De olho nos FIDCs (fundos de recebíveis), Pegorini reforça que é possível ter um portfolio resiliente em momentos conturbados como o atual. Na visão do gestor, atualmente os FIDCs têm mais atratividade do que outros ativos, como debêntures, dado o tamanho dos contratos e a pulverização das carteiras, o que ajuda a reduzir o risco.

A entrevista completa e os episódios anteriores podem ser conferidos por SpotifyDeezerSpreakerApple e demais agregadores de podcasts. Além disso, o podcast também está disponível no formato de vídeo no canal da XP no Youtube.


Fonte

www.infomoney.com.br

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