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O BTG Pactual (BPAC11) entrou neste fim de semana Justiça para tentar reverter a liminar que protege a Americanas (AMER3) do bloqueio de bens e recursos após a divulgação de um rombo contábil de R$ 20 bilhões, o que joga a dívida da varejista para cerca de R$ 40 bilhões. 

No entanto, a liminar foi negada na segunda instância do Rio de Janeiro neste domingo (15), segundo informou a coluna Pipeline, do Valor Econômico. No pedido à Justiça, a qual o InfoMoney teve acesso, o BTG subiu o tom contra a varejista e acusou a Americanas de fraude. 

A instituição financeira aponta o dedo para o trio do 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto “Beto” Sicupira, que possui patrimônio estimado em cerca de R$ 180 bilhões. Eles são os acionistas de referência da varejista, com cerca de 30% das ações e investem na companhia desde 1982. Atualmente, a Americanas possui dívida estimada em R$ 1,9 bilhão com o BTG. 

“[O trio] tem a pachorra de vir em Juízo pedir uma tutela cautelar [liminar], preparatória de uma recuperação judicial, para impedir os credores de legitimamente protegerem o seu patrimônio à luz da maior fraude corporativa de que se tem notícia na história do país”, argumentou o BTG Pactual. 

O banco prossegue o ataque, afirmando que o poder judiciário está dando razão a uma parte que teria assumido que cometeu uma fraude. “É o fraudador pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude”. 

O BTG questiona a forma como a liminar foi obtida e diz que o R$ 1,2 bilhão que tinha bloqueado da Americanas – que terá de ser devolvido – corre o risco de “virar pó” diante da crise enfrentada pela varejista. 

“A entrega de R$ 1,2 bilhão do patrimônio alheio (no caso do Banco) a um fraudador confesso, que admite em sua petição — pelo menos assim é referido na decisão ora agravada — ter dívidas superiores a R$ 40 bilhões; ou seja, o R$ 1,2 bilhão do Banco ‘virarão pó’ do dia para a noite nas mãos de quem se vangloria por ‘pagar de maluco’”, protestou o BTG Pacutal. 

No entanto, o juiz do plantão Luiz Roldão Filho negou o pedido do banco. A tendência, segundo informou o Valor, é de que outros bancos entrem na Justiça contra a Americanas nos próximos dias. 


Fonte

www.infomoney.com.br

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