O Bitcoin (BTC) encerrou outubro com valorização mensal de 5%, recuperando parte das amargas perdas do “inverno cripto” (período de queda). Já o Ethereum (ETH) deu um salto de 18% no mesmo período, ainda colhendo os frutos da atualização “Merge” (Fusão, na tradução para o português), que mudou completamente o mecanismo de mineração do projeto cripto.
Apesar da alta no mês passado, novembro ainda é incerto para as duas principais critpomoedas do mercado. Os preços delas ficaram praticamente estáveis com o aumento de 0,75 ponto percentual da taxa de juros dos Estados Unidos na quarta-feira (2), mas os investidores continuam preocupados com as estratégias do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que podem impactar negativamente os ativos de risco.
No entanto, alguns criptoativos entraram no radar dos especialistas e podem valorizar nos próximos dias e semanas por causa da relação deles com grandes eventos, como a Copa do Mundo, que será realizada em novembro no Qatar, ou devido a novas atualizações.
Algorand (ALGO)
José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, disse que um dos ativos digitais com chances de alta é o Algo, da rede Algorand (ALGO). O principal motivo, falou, é a parceria que o projeto cripto fechou com a FIFA no início deste ano para ser a blockchain oficial da Copa do Mundo.
“Chegou o momento decisivo para essa criptomoeda. Como parceira da FIFA, poderemos ver a rede envolvida em lançamentos e produtos durante o evento, e essa exposição pode fazer com que vejamos uma valorização de ALGO durante o evento”, disse.
Ribeiro falou que, além disso, a Copa pode ser uma vitrine importante para que mais instituições como a FIFA tenham a Algorand como parceira para desenvolvimento de NFTs e outros ativos. “Há um horizonte de crescimento possível para a rede e para o token, porém, vale ficar de olho nesse momento de operar.”
Polygon (MATIC)
Outro ativo digital que vale ficar de olho é o MATIC, da rede Polygon, segundo Ribeiro. “Recentemente foram anunciadas uma série de integrações e parcerias, ampliando ainda mais o alcance da rede e sua relevância no mercado. Dados indicam que mais de 53 mil aplicativos descentralizados foram lançados na rede Polygon, números que são oito vezes maiores do que o registrado em janeiro deste ano”.
O criptoativo valorizou 154% desde junho deste ano, quando atingiu o menor valor desde abril de 2021. “Para fins de entendimento, estamos falando de uma grande recuperação quando olhamos para o principal fundo da moeda. Com isso, vimos o saldo de MATIC em corretoras cair para o nível mais baixo desde janeiro, acentuando o apetite de investidores por essa criptomoeda”.
Quando o saldo de um ativo digital cai em uma exchange, é sinal de que os investidores querem segurá-lo, acreditam na valorização no longo prazo e um rali de preço pode ocorrer. Quando o saldo na corretora aumenta, é porque os investidores têm a intenção de vender a moeda e fazer lucro, puxando a queda.
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Isac Honorato, embaixador e influenciador da exchange Foxbit, também aposta no MATIC, tanto por causa dos níveis historicamente baixos nas exchanges como pelos novos projetos. “A equipe por trás do criptoativo fez uma parceria forte para criação de NFTs com o Reddit e está conseguindo chamar atenção até de bancos para o desenvolvimento de ecossistemas web3.”
Vale lembrar também que a Polygon é uma das redes utilizadas para emitir colecionáveis digitais em formato NFT do Instagram e do Facebook. A blockchain também será a base tecnológica da Nucoin, a criptomoeda do Nubank.
Binance Coin (BNB)
O trader e investidor Vinícius Terranova disse que a mais segura aposta que o investidor cripto pode fazer depois de Bitcoin e Ethereum é no BNB, da corretora Binance, a maior do mundo em volume negociado.
“O BNB continua sendo uma das moedas mais fundamentas e fortes do mercado, e continua se sustentando sempre nos ‘bull runs’ (mercado de alta) acima da subida do ETH e do BTC. Além disso, é uma das criptomoedas mais valiosas”.
Ainda de acordo com Terranova, o BNB pode ser usado para gerar dinheiro, principalmente no Lauchpad, uma plataforma da corretora que permite o lançamento de tokens, e no Launchpool, que dá aos usuários a possibilidade de usar ativos digitais para ganhar uma nova cripto gratuitamente.
“A Binance constantemente lança ICOs lá dentro e se você for tiver BNB pode fazer staking (processo de renda passiva), além de pode usar (os tokens) para diminuir taxas”, disse.
Cosmos (ATOM)
Outra sugestão de Terranova é o token ATOM, da Cosmos, conhecida no universo cripto como a “blockchain das blockchains”. Hoje, segundo o trader, o projeto está sendo muito observado principalmente pelas instituições.
“É uma tecnologia com diversos casos de uso e com altíssima taxa de requisição, e diversos protocolos foram desenvolvidos na Cosmos. Eu diria que é um projeto que tem uma robustez a nível empresarial e corporativo, então provavelmente é uma das blockchains mais confiáveis”.
Em setembro, a Cosmos lançou um white paper (manual) detalhando mais casos de uso para o ATOM, como a interação da blockchain com outras redes, o que agradou o mercado.
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GMX (GMX)
A última criptomoeda sugerida por Terranova é o GMX, token nativo de uma plataforma homônima de futuros baseada no Avalanche ([ativo=AVAX) e no Arbitrum, uma solução construída no Ethereum. O projeto, falou ele, é ideal para os investidores que querem negociar no mercado futuro sem depender de corretoras centralizadas.
“Ele é bem confiável, e utiliza Arbitrum para acelerar suas transações. Além disso, entre o início de maio e o início de outubro já gerou só de fees (taxas) de trade e de swaps (conversões) US$ 53 milhões em receita, enquanto no mesmo período emitiu 29 milhões em tokens para quem está fazendo staking. Logo, você vê que a receita está maior que a emissão de tokens, o que mostra bastante saúde no projeto”.
Chiliz (CHZ)
André Silvestrini, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Phemex no Brasil, disse que uma das criptomoedas para ficar de olho é a [ativo=CHZ], que é nativa da blockchain da Socios, a principal empresa de fan tokens (criptomoeda ligadas a grupos esportivos) do mundo.
Com a proximidade da Copa, esses ativos digitais estão registrando altas de até 30% em uma semana. “É um projeto de esportes e entretenimento que entrega um valor gigantesco para seus usuários, e é esse um dos grandes fatores que pode levar à sua valorização”, falou Silvestrini.
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Fonte
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