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Hoje, dia 27 é marcado pelo Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho, com o objetivo de alertar empregados, empregadores, governos e sociedade civil para a importância de práticas que reduzam o número de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, promovam um ambiente seguro e práticas saudáveis em todos os setores produtivos. O enfrentamento se faz de extrema importância quando analisados números sobre a questão: Em 2021, foram registradas 571,8 mil notificações de acidentes de trabalho, segundo dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalhador mantido pelo MPT (Ministério Público do Trabalho e outros parceiros), um aumento de 28% em comparação com o ano anterior, que somou 446.881 casos. Já o número de mortes relacionadas ao trabalho chegou a 2.487 no ano passado, alta de 33% frente a 2020, que terminou com 1.866 óbitos.

Apesar de alarmantes, os dados devem ser ainda maiores, considerando a taxa de subnotificação. De acordo com o MPT, o número real de acidentes de trabalho pode ser até 20% superior ao registrado oficialmente em 2021, chegando a 686 mil casos no ano.

“Esses dados trazem grande preocupação, pois é um problema de saúde pública. Uma lesão, trauma ou amputação traz graves consequências para a vida das pessoas, como o afastamento do trabalho, muitas vezes por longo período ou por toda a vida, causando um impacto econômico em sua casa”, salienta o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA), Dr. Vincenzo Giordano.

Perfil dos acidentes

Segundo o Observatório de Saúde e Segurança do Trabalhador, a lesão mais frequentemente presente em notificações de acidentes de trabalho, em 2021, foi fratura (com 84.801 casos), seguido por corte, laceração, ferida contusa, punctura (80.445) e lesão imediata (49.228).

Quando analisado os agentes causadores, máquinas e equipamentos aparecem em primeiro lugar (71.001 casos), e, na sequência, queda do mesmo nível (50.096) e veículos de transporte (46.346).

Trabalho informal aumenta riscos

Um outro cenário preocupante e que traz mais alerta à questão dos acidentes e o trabalho informal, em função da falta de segurança. De acordo com o estudo “Retrato do Trabalho Informal no Brasil: desafios e caminhos de solução”, divulgado em junho pela Fundação Arymax e a B3 Social, conduzido pelo Instituto Veredas, mais de 19,6 milhões de brasileiros sobrevivem com os trabalhos conhecidos como “bicos”.

“No trabalho informal, boa parte das vezes, não há as medidas necessárias para que o profissional realize seu trabalho com segurança, usando equipamentos de proteção adequados. Além disso, a falta de fiscalização aumenta os riscos e o número de acidentes”, pontua. “Estes acidentes, ainda, são subnotificados, já que não há registro de notificação, por se tratar de uma ocupação informal.”, completa.

O presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico lembra da importância de difundir cada vez mais informações sobre a prevenção junto à população. “É urgente levar a cultura da prevenção ao empregador e ao trabalhador no Brasil, expondo os dados de acidentes e afastamentos, demonstrando, assim, os seus prejuízos e consequências para toda a sociedade.”, conclui.

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Fonte

www.jornalcontabil.com.br

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