O Ibovespa fechou em alta de 0,47% nesta terça-feira (16), aos 113.557 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou, em parte, a performance dos benchmarks americanos, mas foi auxiliado também pelo avanço das companhias de proteínas e pela mineradora (VALE3). VALE3 avançou 2,42%, a R$ 69,95, recuperando-se após a queda de mais de 2% na véspera, apesar da fraqueza dos preços do minério de ferro na Ásia na sessão.
Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 subiram, respectivamente, 0,71% e 0,19%. O Nasdaq, no entanto, recuou 0,19%, aos 13.102 pontos.
De acordo comentários, investidores se posicionam com certa cautela, esperando a publicação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), marcada para amanhã.
“A gente tem visto expectativa de inflação menor nos Estados Unidos, com mercado animado com dados de julho, mas até então sem grandes mudanças”, explicou André Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos. “Os EUA continuam com juros reais negativos e com inflação alta. É necessário ver os próximos passos do Fed”.
Os treasuries com vencimento em dez anos, por lá, fecharam com alta de dois pontos-base, para 2,811%.
Do outro lado, investidores continuam a repercutir dados negativos, temendo uma recessão mundial. Ainda nos Estados Unidos, a construção de novas casas em julho veio em 1,44 milhão, ante 1,54 milhão esperados e caindo 9,6% na base mensal.
O DXY, índice que mede a força do dólar frente a outras divisas de países desenvolvidos, fechou estável. Frente ao real, porém, a moeda americana avançou 0,96%, negociada a R$ 5,140 na compra e a R$ 5,141 na venda.
A moeda brasileira sofre mais com a perspectiva de baixo crescimento global, bem como os outros emergentes. Além disso, a divisa foi impactada pelo recuo das commodities, ainda pela mesmo motivo. O petróleo Brent recuou 2,90%, a US$ 92,34 o barril. O minério de ferro caiu 0,28%, a US$ 106,60 no por de Dalian, na China.
“Ibovespa foi puxado pelos EUA, que vem refletindo uma melhora de cenário em relação da política monetária. O recuo da inflação e das commodities levam investidores a ver uma possibilidade de alta de juros mais fraca”, diz Heitor Martins, especialista em Renda Variável na Nexgen Capital.
O avanço do dólar ajudou a impulsionar as ações de companhias de proteínas, que lucram mais com um dólar mais alto. As ações ordinárias avançaram (BRFS3) subiram 6,53%, as da JBS (JBSS3), 4,89% e as da Marfrig (MRFG3), 4,78%.
Entre as quedas, os destaques ficaram para as ações ordinárias da Yduqs (YDUQ3), que caíram 11,76% após o balanço. Méliuz (CASH3) e PetroRio (PRIO3) recuaram, respectivamente, 9,80% e 3,99%.
A curva de juros brasileira opera no pós-mercado sem direção exata. Os DIs para 2023 tiveram taxas recuando um ponto-base, para 13,72%. Os para 2025, no entanto, subiam cinco pontos, para 11,69%. Os DIs para 2027 e 2029 avançam, na sequência, três e um ponto, indo a 11,40% e 11,57%.
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Fonte
www.infomoney.com.br