O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou neste sábado (1º), véspera do primeiro turno das eleições, seu apoio ao ex-presidente Lula (PT) na corrida ao Palácio do Planalto.
Em publicação nas redes sociais, Meirelles disse que a insegurança fiscal é um dos principais problemas do Brasil, e que “o nível de confiança do investidor no nosso país é baixo”.
“É o que acontece, quando há dúvidas sobre o cumprimento de compromissos, sobre o respeito a regras. Quando não há previsibilidade e confiabilidade na condução da economia. Quando as políticas fiscal e monetária caminham em sentidos opostos”, afirmou.
O ex-ministro admitiu ter algumas opiniões diferentes de Lula, mas reafirmou que seu apoio vem na esteira da confiança de que um eventual governo Lula 3 seja capaz de reverter o cenário econômico.
“Meu apoio vem de questões muito concretas. Nos oito anos de seu governo, Lula agiu com responsabilidade fiscal. E mesmo sem ter conseguido aprovar a independência do Banco Central, ele concordou que eu, no comando do BC, tivesse total independência no cargo”.
“Meu apoio ao Lula deriva da minha confiança na possibilidade dele agir para mudar esse quadro. De entender o que é necessário ser feito e de fazer o que é suficiente para recuperar a nossa economia”, afirmou Meirelles.
Henrique Meirelles oficializou seu apoio à candidatura do ex-presidente no dia 19 de setembro, em um evento que também contou com a presença da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), e nomes mais à esquerda, como Guilherme Boulos (PSOL), que disputa uma vaga de Deputado Federal por São Paulo.
A iniciativa foi encarada como uma sinalização de que um próximo governo Lula poderia adotar medidas de política econômica consideradas fiscalmente mais responsáveis por agentes de mercado, incluindo a manutenção do Teto de Gastos e da Reforma Trabalhista. Desde então, Meirelles começou também a ser um dos nomes cotados para chefiar o Ministério da Fazenda do petista.
Por outro lado, o nome do antigo presidente do BC nos governos Lula sofre resistências dentro do PT, que enxerga nele inclusive ligações com rivais políticos, como o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-governador de São Paulo, João Dória (PSDB), dos quais foi ministro e secretário da Fazenda, respectivamente.
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