Representantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão reunidos nesta sexta-feira (20) na base área de Ramstein, na Alemanha, para discutir o que pode ser uma nova fase do conflito entre a Rússia e a Ucrânia: atender aos apelos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, pelo envio de equipamentos pesados, como tanques.
Os aliados ocidentais não têm mostrado uma posição unânime sobre o tema. Na semana passada, a Grã-Bretanha se tornou a primeira potência a prometer uma remessa de tanques Challenger 2 à Ucrânia para ajudar a conter a invasão russa.
O governo britânico passou a cobrar um posicionamento semelhante da Alemanha, que pode a partir de hoje rever sua estratégia. Boris Pistorius assumiu ontem como novo ministro da Defesa alemã, sucedendo a Christine Lambrecht, que renunciou ao cargo em meio às pressões por um auxílio mais decisivo. A Alemanha pode optar pelo envio dos veículos pesados Leopard para Kiev ou pode liberar a Polônia para que entregue esses tanques de fabricação alemã.
Os Estados Unidos, por sua vez, estão enviando veículos blindados Stryker pela primeira vez, embora não tenham cedido aos pedidos pelos modernos tanques M1 Abrams. Até agora, eles têm alegado que os veículos possuem uma manutenção complexa e há desafios logísticos do veículo de alta tecnologia.
Mas o próprio secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que o atual momento é crucial e pediu aos aliados que “cavem mais fundo” em seu apoio à Ucrânia, pois “a história está nos observando”, ao comentar o último pacote de ajuda militar, de US$ 2,5 bilhões, anunciado na quinta-feira (19).
O pacote inclui oito sistemas de defesa aérea Avenger, 350 Humvees, 53 veículos Mine Resistant Ambush Protected (MRAP), mais de 100 mil cartuchos de munição de artilharia e foguetes e mísseis para o High Mobility Artillery Rocket System, ou HIMARS.
Ontem ao falar por um link de vídeo no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Zelenskyy fez uma crítica velada aos apoiadores que hesitam em enviar tanques.
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