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É inegável que a pandemia trouxe profundas mudanças para a sociedade, contudo, alguns setores aceleraram tendências e transformaram a realidade de forma significativa. Entre as áreas impactadas está  a de recursos humanos. 

A quarentena, o home office, a flexibilização do trabalho e as mudanças decorrentes da reforma trabalhista trouxeram rumos diferentes para a gestão de pessoas e atração talentos, por isso os profissionais desse setor tiveram que se atualizar e se reinventar a fim de adequar às novas realidades dentro das instituições. 

Durante a décima edição do Café da Manhã PandaPé, evento com foco em reunir profissionais, gerar debate e conhecimento sobre o setor, Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, empresa de soluções de tecnologia para RH, palestrou sobre as principais tendências relacionadas ao recrutamento e seleção que tem transformado o RH das empresas brasileiras. Confira a seguir os principais insights apresentados pela executiva.

Importância de encontrar e reter talentos

Uma das principais dores de empresas do mundo inteiro é a dificuldade de encontrar e reter bons profissionais. O mercado de trabalho passa por uma escassez de talentos que é oriunda de vários fatores como: troca de prioridade dos candidatos, novos objetivos, aumento da economia colaborativa, popularização do trabalho remoto e poder de escolha dos candidatos. “Esse fenômeno pode ser observado como a grande renúncia que vem acontecendo em diversos países, incluindo o Brasil. Uma das formas em contornar esse cenário é as empresas entenderem a importância de conciliar os interesses do negócio com os dos profissionais, olhando para as tendências de mercado”, explica Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.

Employer Branding

Neste novo cenário, as empresas precisam entender que o colaborador também é um cliente. É necessário trabalhar com ele de forma transparente, apresentando integridade e o propósito da marca empregadora. Segundo uma pesquisa da Employer Branding Brasil 43,8% dos candidatos dizem que são mais propensos a nunca mais se candidatar a uma empresa após uma experiência negativa. Essa visão negativa também se reflete nos resultados financeiros da empresa relacionados às vendas. O mesmo levantamento aponta que 42% dizem que são menos propensos a comprar produtos da empresa. Os números refletem a visão de mercado destes candidatos e impactam diretamente na reputação da empresa e até na atração de novos talentos.

Employee Experience

Trabalhar o engajamento de seus funcionários é muito importante no atual momento que estamos passando por conta da alta rotatividade nas empresas. Pessoas engajadas e que estão alinhadas com a cultura da empresa permanecem por mais tempo na organização. Essa tendência também precisa ser levada aos processos seletivos, priorizando a dinamicidade do recrutamento, testes que condizem com a realidade da vaga e feedbacks ao final da seleção.

Inteligência Artificial

O uso de novas ferramentas e plataformas digitais para encontrar o candidato certo já é uma realidade. Plataformas digitais de RH, auxílio da IA e ferramentas para cruzamento de dados dos candidatos são fundamentais para agilizar e otimizar os processos de seleção. Segundo uma pesquisa do Infojobs 98% dos recrutadores reconhecem que a tecnologia para RH tem potencial de facilitar a rotina e agilizar processos. “É necessário que o profissional de RH veja o surgimento de novas tecnologias neste setor como um aliado para ajudar nas tarefas do dia a dia, desde o momento da divulgação de uma oportunidade até no fechamento da vaga de forma mais assertiva”, explica Ana Paula.

Novos formatos de trabalho

Seja o modelo 100% home office, híbrido ou 100% presencial, o fato é que desde pequenas empresas, até grandes organizações como Airbnb e Tesla, estão passando por esse debate, o que também influencia na retenção de talentos. Estamos passando por um momento onde muitos funcionários preferem trabalhar de casa do que ir ao escritório. Por isso, é importante entender que o modelo de trabalho necessita acompanhar o resultado de seus colaboradores e cada empresa pensa e cobra os seus colaboradores de uma forma diferente.

Diversidade, igualdade e inclusão nas empresas

Esses três pontos estão ligados com atração de pessoas e retenção de talento, e precisam ser mais do que um simples discurso da empresa. Uma pesquisa feita pelo Infojobs mostra que para 47% dos entrevistados a preocupação com a inclusão e diversidade é apenas um discurso de marketing das empresas. Por conta disso é necessário que a diversidade seja colocada em prática em todos os níveis de hierarquia e também pensar no desenvolvimento dessas pessoas, com iniciativas internas e externas. Uma equipe diversa tem menos conflitos, mas é necessário que a empresa tenha comprometimento e políticas claras para esses três pilares. 

Economia GIG

De acordo com, o dicionário de Cambridge, economia GIG, tradução de “gig economy” é um arranjo alternativo de emprego, que se baseia em contratos temporários ou prestação de serviços sob demanda, como serviços de aplicativo e freelancers. O que está em constante crescimento mundialmente, um movimento onde trabalhadores podem realizar seus próprios horários, com um salário fixo e com a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar. Esse fenômeno está ligado a fatores como crise econômica e o avanço da tecnologia que permite uma pessoa trabalhar em qualquer lugar do mundo. Por ser uma alternativa de trabalho bastante buscada hoje em dia, as empresas precisam levar isso em conta na hora de contratar e fazer propostas.

Saúde mental

Segundo dados da OMS, o Brasil é o país mais ansioso do mundo e 5º país com mais pessoas em quadros de depressão, o que torna o tópico de saúde mental extremamente relevante nas empresas. O Burnout, por conta do trabalho excessivo, foi reconhecido como doença ocupacional e trouxe grande visibilidade na sociedade. Sendo necessário que as companhias adotem políticas com seus colaboradores sobre o tema.

Contratações por habilidades

Se antigamente as empresas contratavam pessoas por conta de títulos e experiência profissional, atualmente, realizar contratações por habilidade faz mais sentido. Além disso, as soft skills e hard skills estão na lista de critérios dos recrutadores. Principalmente com as lideranças que precisam ter senso de pertencimento, colaboração, autonomia e olhar empático dentro da empresa. Em um levantamento produzido pelo Infojobs, 77,2% dos profissionais de RH indicaram que soft skills e hard skills possuem grande relevância na hora da contratação. Outro dado apresentado foi que 37,10% dos recrutadores destacam em primeiro lugar “saber trabalhar em equipe” como a habilidade mais importante e em segundo lugar “inteligência emocional”. 

Com mais de 35 milhões de visitas ao mês e 45 milhões de cadastros, o Infojobs é uma empresa de soluções de tecnologia para RH. 

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Fonte

www.jornalcontabil.com.br

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