Foi lançada oficialmente na terça-feira (18) a primeira plataforma de negociação de ativos tokenizados de startups, idealizada pela SMU Investimentos e aprovada no sandbox (ambiente de testes) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O sistema, batizado de Estar, já está em funcionamento em fase de testes, sendo possível, por enquanto utilizar apenas uma conta demo (que não é possível investir dinheiro de verdade) para que os investidores se familiarizem com o novo negócio.
Durante evento de lançamento da plataforma, Pedro Rodrigues, CEO da Estar, disse que ainda existem algumas últimas pendências para a CVM aprovar, mas que a projeção é que o sistema esteja totalmente operante em meados de novembro.
Diego Perez, CEO do grupo SMU, adiantou durante o evento que a primeira empresa a ser listada na nova plataforma será a própria SMU, que acaba de fazer uma captação de R$ 7 milhões e que será tokenizada para estrear a Estar.
No acordo dentro do sandbox da CVM ficou estipulado que serão permitidas até dez companhias listadas e segundo Perez, seis serão startups que fizeram ofertas dentro da SMU, enquanto outras quatro serão de ofertas de outras plataformas.
Ele ainda explicou que a ideia é lançar entre duas e três novas empresas na plataforma todo mês para que entre abril e maio a Estar já contar com todas as dez companhias negociando.
A plataforma cria um mercado secundário em que investidores podem negociar ativos de ofertas de crowdfunding, usando blockchain para tokenizar esses ativos e reduzir custos, abrindo oportunidade para pessoas com menos capital entrarem nesse mercado.
Em vez de usar a blockchain Ethereum (ETH), uma das mais tradicionais do mercado cripto, a empresa decidiu utilizar a Stellar (XLM), que oferece mecanismos que favorecem determinados aspectos desse projeto, em especial em segurança.
Emitidos os tokens dos contratos da oferta, a negociação passa a ser como em um mercado tradicional de bolsa, onde os investidores podem comprar e vender com rapidez, com uma exchange fazendo o casamento das ordens e registrando na blockchain.
Em entrevista recente ao InfoMoney, Rodrigues explicou que, diferentemente do mercado cripto, que funciona 24 horas, inicialmente a SMU irá operar sua plataforma seguindo o mesmo horário da bolsa brasileira, a B3, apenas em dias úteis. “Isso vem para trazer uma segurança para o mercado, porque no final do dia precisa ter as conciliações”, disse ele na época.
A SMU conta com três empresas sócias no negócio: a Ntokens, responsável pela integração com a interface da rede Stellar; a Átris, que fará a interface do sistema de ordens da plataforma, utilizando a tecnologia da Nasdaq; e a Demarest, responsável pela parte jurídica.
No acordo com a CVM, a companhia teve a liberação para lançar até 10 empresas na plataforma, todas dentro da nova Resolução 88 da autarquia, que permite captações de até R$ 15 milhões. O contrato tem duração de um ano, podendo se estender por mais um ano.
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Fonte
www.infomoney.com.br