InfoMoney | Retorno no longo prazo sustenta confiança nos FIIs em momentos de queda, aponta relatório; Ifix sobe forte

 

Embora retorno passado não seja garantia de ganho futuro, o desempenho dos fundos imobiliários no longo prazo tem sustentado a confiança no produto em meio ao atual cenário de queda do segmento, aponta Flávio Pires, analista de FIIs, em relatório da Santander Corretora.

Nos últimos dois meses, o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – acumula queda de mais de 7%, praticamente zerando os ganhos registrados no ano.

Leia também:

Pires atribui o momento desafiador dos FIIs às incertezas sobre o equilíbrio fiscal do País, especialmente com a discussão da PEC da Transição, que abre espaço no orçamento da União para a realização do pagamento do Bolsa Família – programa de assistência social – fora do teto de gastos.

Diante do temor com o aumento da dívida pública e riscos na área fiscal, o mercado de renda variável despencou em novembro e o estresse não poupou os fundos imobiliários, que seguem em baixa este mês.

Mas Pires sinaliza que, no longo prazo, os fundos imobiliários costumam compensar perdas acumuladas em períodos pontuais, como o atual.

“Os investimentos em fundos imobiliários se mostraram consistentes no médio e no longo prazo”, confirma o analista do Santander. “E isso se deve em parte relevante à distribuição de dividendos que, na maioria dos fundos, ocorre mensalmente”, explica.

Ele lembra que, nos últimos 12 anos, o Ifix acumula ganhos de 179% – considerando os dividendos distribuídos. No período, o desempenho da carteira teórica dos fundos imobiliários superou, por exemplo, o do Ibovespa, principal índice da B3, que subiu 48%, como mostra o relatório da Santander Corretora.

Desde 2010, o Ifix tem acumulado ganho médio anual de 10% ao ano, aponta Pires, reforçando a eficiência dos fundos imobiliários no longo prazo.

O analista do Santander lembra, porém, que a volatilidade do mercado de FIIs aumentou nas últimas semanas, exigindo do investidor um pouco mais de paciência.

Leia também:

Ifix hoje

Na sessão desta quarta-feira (21), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – opera no campo positivo. Às 11h21, o indicador registrava alta de 0,61%, aos 2.796 pontos. Confira os demais destaques do dia.

Maiores altas desta terça-feira (13):

Maiores baixas desta terça-feira (13):

Fonte: B3

RECT11 reduz taxa vacância, PVBI11 confirma venda de participação na Torre B JK e mais assuntos

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

RECT11 reduz taxa de desocupação dos imóveis para 11,48%

O FII REC Renda Imobiliária assinou contrato com a Voxline Contact Center para a locação de dois andares da Torre Sul, Bloco A, do edifício Canopus, em Barueri, no estado de São Paulo.

Segundo comunicado do fundo ao mercado, os espaços somam uma área bruta locável (ABL) de 2.274 metros quadrados e o prazo do contrato é de 96 meses.

Ainda de acordo com o texto, a nova locação reduz a taxa de desocupação do REC Renda Imobiliária de 12,7% para 11,48%.

Os gestores afirmam que, inicialmente, a assinatura do contrato não influencia na distribuição de dividendos do fundo.

Com patrimônio líquido de R$ 813 milhões, o RECT11 tem uma ABL de quase 93 mil metros quadrados. 25% dos imóveis são classificados como AAA, nível máximo de qualidade.

PVBI11 confirma venda de participação na Torre B JK, em São Paulo

O fundo de escritório da VBI assinou a escritura para a venda da participação que possui na Torre B JK, integrante do condomínio edilício Complexo JK, localizado em São Paulo (SP). O compromisso para a alienação do imóvel foi fechado no início de novembro.

A carteira receberá R$ 237 milhões pelo espaço de 6.114 metros quadrados – que representa 20% da ABL do imóvel, de acordo com o comunicado ao mercado.

O comprador pagará o equivalente a R$ 38.700 por metro quadrado, acima do valor desembolsado pelo fundo no ano passado, de R$ 30.150 por metro quadrado.

O valor do negócio – a primeira venda de um ativo do VBI Prime Properties – está 24% acima do atual valor patrimonial do imóvel. O lucro estimado na transação é de R$ 3,27 por cota.

Superada as condições previstas no contrato, o fundo recebeu 70% do valor combinado à vista e o saldo remanescente será quitado em outras três parcelas.

O VBI Prime Properties adquiriu a participação na Torre B JK em junho do ano passado e, na oportunidade, captou recursos no mercado financeiro para a compra do espaço.

Inicialmente, o fundo sinalizava que usaria a primeira parcela do negócio seria utilizada para quitar o empréstimo obtido na época da aquisição do local. Com isso, explicam os gestores, a carteira não teria mais alavancagem (endividamento).

Além da fração da Torre B JK, o portfólio do PVBI11 conta ainda com outros três imóveis, localizados nas avenidas Brigadeiro Luís Antônio, Faria Lima e Juscelino Kubitschek – regiões nobres para o segmento de escritórios na capital paulista.

TRXF11 conclui compra de imóvel que receberá loja da Leroy Merlin, em Salvador

O FII TRX Real Estate concluiu a aquisição do imóvel que abrigará a primeira loja da Leroy Merlin, em Salvador, na Bahia. A negociação havia sido iniciada em setembro e o fundo promete desembolsar R$ 30 milhões pelo espaço.

A empresa do ramo de varejo se tornará locatária do espaço, que passará por obras de adaptação custeadas pelo fundo.

O contrato de locação com a Leroy Merlin terá prazo de 20 anos e prevê multa por rescisão do vínculo, equivalente ao saldo integral do período restante. O contrato não permite ação revisional do aluguel.

Com uma ABL de 440 mil metros quadrados, o TRXF11 tem participação em 49 imóveis localizados em 13 estados.

Leia mais:

Dividendos hoje

Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta terça-feira (13):

Fonte: StatusInvest