A Netflix (NFLX34) divulgou os seus resultado do quarto trimestre de 2021 após o fechamento nesta quinta-feira (20), com alguns números que superaram as estimativas dos analistas. Contudo, as ações do serviço de streaming despencam no after-hours da Nasdaq, chegando a ter perdas de cerca de 20%, com as perspectivas desanimadoras para a adição de assinantes no curto prazo. Às 19h (horário de Brasília), a baixa era de 19,33%, a US$ 411,26.
A companhia teve um lucro de US$ 1,33 por ação nos últimos três meses do ano passado, versus US$ 0,82 esperados pelo consenso Refinitiv. No mesmo trimestre em 2021, o lucro por ação era de US$ 3,19 e foi puxado para baixo devido ao aumento de custos da empresa. O lucro líquido caiu 58% do terceiro para o quatro trimestre de 2021, indo de US$ 1,4 bilhão para US$ 607 milhões. Na comparação anual, por sua vez, houve avanço de 11,9%.
A receita foi bem em linha com o esperado, de US$ 7,71 bilhões, uma alta de 16% na comparação anual.
Já os números de novos inscritos no quarto trimestre foi de 8,28 milhões, versus 8,4 milhões esperados pelo consenso Refinitiv. Ela terminou o ano de 2021 com 221,84 milhões de assinantes no mundo todo.
A Netflix e os analistas previam uma alta expressiva de assinantes no final de 2021, quando a empresa lançou novos programas de TV e filmes que foram adiados para a segunda metade do ano. A Netflix lançou conteúdos como “Emily in Paris”, “Don’t Look Up”, “Red Notice” e “You”.
A desaceleração do crescimento e, mais ainda, as projeções para o primeiro trimestre de 2022 desanimaram os investidores.
No quarto trimestre de 2020, a Netflix adicionou 8,5 milhões de assinantes. A empresa também disse que, para o primeiro trimestre de 2022, espera adicionar 2,5 milhões de assinantes, em comparação com os 3,98 milhões adicionados no primeiro trimestre de 2021. Ela disse que espera uma lista de conteúdo mais ponderada no primeiro trimestre, com grandes estreias marcadas apenas para março.
A Netflix disse que o aumento da concorrência de outras empresas foi um dos motivos da desaceleração, embora no passado tenha dito que empresas como Apple e Disney não afetariam materialmente o seu crescimento.
“Os consumidores sempre tiveram muitas opções quando se trata de entretenimento – competição que só se intensificou nos últimos 24 meses, à medida que empresas de entretenimento de todo o mundo desenvolveram sua própria oferta de streaming”, disse a Netflix. “Embora essa competição adicional possa estar afetando nosso crescimento marginal, continuamos crescendo em todos os países e regiões em que essas novas alternativas de streaming foram lançadas”, ponderou.
Cabe ressaltar que a Netflix anunciou aumentos de preços nos EUA e no Canadá na semana passada. Nos Estados Unidos, o custo mensal do plano básico subiu de US$ 1 para US$ 9,99. O plano padrão saltou de US$ 13,99 para US$ 15,49 e o plano premium subiu de US$ 17,99 para US$ 19,99.
A estratégia da Netflix é aumentar os preços à medida que os clientes se aprofundam ainda mais no conteúdo exclusivo da empresa. Os aumentos de preços poderiam ajudar a compensar o declínio do crescimento de clientes.
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Fonte
www.infomoney.com.br