O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (13) em queda de 0,19%, aos 2.803 pontos. Na sessão anterior, o índice registrou leve alta de 0,05%. O fundo Ourinvest JPP (OUJP11) liderou a lista das maiores altas do dia, com elevação de 1,64%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.
O fundo AF Invest CRI aprovou, nesta terça-feira (12), a realização da segunda emissão de cotas da carteira, que pretende captar até R$ 70 milhões. Entre as regras da oferta, um ponto chamou a atenção do mercado: o que trata dos custos de distribuição.
Normalmente, além do preço de emissão, as ofertas trazem a taxa de distribuição, que pode ser custeada pelo fundo ou pelo cotista. No caso da emissão do FII AF Invest CRI, a própria gestora – AF Invest – decidiu bancar a despesa.
“Os custos de distribuição não serão arcados pelo fundo e/ou pelos cotistas subscritores das novas cotas, mas sim serão pagos direta e exclusivamente pela gestora”, aponta fato relevante divulgado pelo fundo.
Os custos da distribuição em uma emissão de cotas representam despesas como taxas regulatórias, honorários de prestadores de serviços e remuneração dos participantes da oferta.
De acordo com Danilo Bastos, sócio-fundador da Ticker Research, especialista em fundos imobiliários, a iniciativa é inédita e está alinhada com os interesses dos cotistas, que normalmente precisam arcar com a despesa.
Na avaliação de Bastos, a emissão “custo zero” tornaria a oferta mais atrativa para os investidores e, consequentemente, aumentaria a chance de uma maior captação. O movimento, segundo ele, beneficia a própria gestora.
“A gestora ganha uma percentagem do tamanho do fundo – patrimônio líquido ou sobre o valor de mercado. Quanto maior o tamanho do fundo, maior o repasse para a gestora”, reflete. Para Bastos, a iniciativa deverá ser seguida por outros fundos imobiliários.
De acordo com as regras da segunda emissão do AF Invest CRI, o preço unitário das novas cotas foi estipulado em R$ 96,47.
Cotistas com posição no final da sessão desta quinta-feira (14) terão direito de preferência na oferta, que poderá ser exercido entre os dias 20 de abril e 3 de maio de 2022.
Focado em investimento em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), o FII AF Invest tem um patrimônio líquido de R$ 172 milhões. Atualmente, 84% dos títulos do portfólio estão indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos últimos 12 meses, o retorno com dividendos do fundo está em 11,15%.
Maiores altas desta quarta-feira (13)
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
OUJP11 | Ourinvest JPP | Títulos e Val. Mob. | 1,64 |
AIEC11 | Autonomy Edifícios | Lajes Corporativas | 1,6 |
AFHI11 | AF Invest Cri | Títulos e Val. Mob. | 1,42 |
KFOF11 | Kinea FoF | Títulos e Val. Mob. | 1,38 |
HSML11 | HSI MALL | Shoppings | 1,3 |
Maiores baixas desta quarta-feira (13):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
HCTR11 | Hectare | Outros | -3,3 |
VINO11 | Vinci Offices | Lajes Corporativas | -3,09 |
GTWR11 | Green Towers | Lajes Corporativas | -2,08 |
TEPP11 | Tellus Properties | Lajes Corporativas | -1,82 |
HGLG11 | FII CSHG LOG | Logística | -1,29 |
Fonte: B3
Mogno Real Estate ([ativo=MGIM11]) finaliza processo de liquidação do fundo
Após quase dois anos de operação, o fundo Mogno Real Estate Impact Development solicitou, nesta terça-feira (12), o cancelamento da listagem da carteira na B3.
Em fevereiro, os gestores anunciaram a liquidação do fundo, aprovada em assembleia geral extraordinária, concluída no início daquele mês. As cotas do fundo foram negociadas até o dia 16 de fevereiro.
Os cotistas do agora extinto fundo receberam os valores referentes à amortização do patrimônio, em parcela única, na última segunda-feira (11).
Considerado um fundo híbrido, que investe em imóveis e títulos do setor imobiliário, o Mogno Real Estate Impact Development teve início em 2020 e contava com um patrimônio líquido de R$ 27 milhões. A carteira contava com apenas 59 cotistas.
Dividendos de hoje
Confira quais são os sete fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta quarta-feira (13):
Ticker | Fundo | Rendimento |
KNIP11 | Kinea Índice De Preços | R$ 1,35 |
KNCA11 | Kinea Crédito Agro | R$ 1,32 |
KNHY11 | Kinea High Yield CRI | R$ 1,21 |
VCJR11 | Vectis Juros Real | R$ 1,13 |
VCJR13 | Vectis Juros Real | R$ 1,13 |
KNSC11 | Kinea Securities | R$ 1,12 |
KNCR11 | Kinea Rendimentos Imobiliários | R$ 1,00 |
KNSC13 | Kinea Securities | R$ 0,92 |
KCRE13 | Kinea Creditas | R$ 0,68 |
KNSC15 | Kinea Securities | R$ 0,61 |
VCRA14 | Vectis Datagro | R$ 0,60 |
RPRI11 | RBR Premium Recebíveis Imobiliários | R$ 0,58 |
KNSC14 | Kinea Securities | R$ 0,15 |
Fonte: InfoMoney
Obs.: Tickers com final diferente de 11 se referem aos recibos e direitos de subscrição dos fundos.
Giro Imobiliário: mais apês, menos comércio; 9 das 10 ruas mais caras de SP têm poucas lojas e escritórios; confira lista
As ruas com o metro quadrado mais valorizado da cidade de São Paulo são, em sua grande maioria, residenciais, com poucos escritórios e estabelecimentos comerciais, segundo mapeamento da Loft Analytics, braço da startup de compra de imóveis, que analisa dados do mercado imobiliário.
Considerando as dez ruas com o metro quadrado mais valorizado da cidade, em seis delas os apartamentos residenciais representam mais de 90% das unidades presentes nas vias.
A rua Seridó, localizada no Jardim Europa, é a mais valorizada de São Paulo, com metro quadrado a R$ 35 mil, e nela existe apenas um imóvel comercial onde funciona um spa exclusivo para moradores de um dos prédios.
Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da área de comunicação da Loft, diferentes fatores influenciam no valor do imóvel.
A avaliação pode ser considerada uma boa notícia para fundos imobiliários do segmento residencial, que tem ganhado espaço na indústria dos FIIs nos últimos anos.
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Fonte
www.infomoney.com.br