O contrato do Ibovespa futuro para outubro opera perto da estabilidade, com leve variação negativa de 0,02%, a 111.735 pontos, às 9h35 (horário de Brasília) desta quarta-feira (14). Já o dólar futuro com mesmo vencimento tinha baixa de 0,36%, a R$ 5,189. O dólar comercial caía 0,37%, a R$ 5,168 na compra e R$ 5,169 na venda no mesmo horário.
O mercado ainda luta para se recuperar após o Ibovespa à vista ter registrado forte queda de 2,30% na véspera, seguindo a derrocada nos índices em Wall Street na última terça-feira com os dados de inflação ao consumidor. Ontem, os Estados Unidos divulgaram que a inflação no país subiu 0,1% em agosto em relação a julho, com o núcleo mostrando alta de 0,3%. No acumulado em 12 meses, a alta dos preços ficou em 8,3%. Esperava-se amplamente que o CPI (na sigla em inglês) mostrasse deflação.
Os mercados de ações desabaram. Em Nova York, o S&P 500 caiu 4,32% e o Nasdaq, que concentra empresas que dependem mais de crédito barato para crescer, perdeu 5,16%. O Dow Jones, que reúne 30 grandes empresas americanas, perdeu mais de 1,2 mil pontos e declinou 3,94%. Os três índices tiveram o pior dia desde junho de 2020.
A avaliação quase unânime dos analistas é que na reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de 20 e 21 de setembro os integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vão optar por uma nova alta da taxa de juros em 75 pontos-base. E a aposta de um aperto ainda mais dramático, de 100 pontos-base, também entrou no radar.
Nesta data, os investidores monitoram com atenção os dados de preços ao produtor de agosto, que foram em linha com o esperado. O índice recuou 0,1% em agosto na comparação com julho; na comparação com agosto de 2021, a alta foi de 8,7%.
A expectativa do consenso Refinitiv era de uma deflação de 0,1% para o índice cheio e de avanço de 8,8% na comparação anual.
Por aqui, após a surpresa positiva da véspera com o setor de serviços, os dados de varejo decepcionaram. O volume de vendas do comércio varejista no país recuou 0,8% em julho, na comparação com junho, apresentando o terceiro mês consecutivo de taxa negativa. No acumulado de 2022, o varejo registra variação de 0,4%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula queda de 1,8%. Na comparação com julho de 2021, o recuo foi de 5,2%.
O resultado ficou abaixo do esperado, uma vez que o mercado projetava alta de 0,30% na base mensal e queda de 3,5% na anual, segundo a Refinitiv.
Análise de Pamela Semezzato, analista de investimentos da Clear Corretora
Ibovespa
“E depois de mais um teste no topo da lateralização, Ibovespa não conseguiu romper e segue no mesmo cenário de lateralização. O próximo suporte e ponto em que pode acelerar o movimento para mais quedas é o rompimento de 108.800 pontos. E a confirmação de uma nova alta acontece com o rompimento do topo de 114.300.”
Dólar
“Continua sem definição de tendência e dentro de uma consolidação no curtíssimo prazo. Testou novamente a região de fundo entre R$ 5,06 e R$ 5,10 e teve reação compradora bem forte, porém já esta trabalhando novamente na região de resistência em 5.280. Seguimos aguardando o rompimento de uma das extremidades para definição de tendência.”
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Fonte
www.infomoney.com.br
