O Bitcoin BTC voltou a frustrar investidores que esperavam por uma recuperação mais forte após a criptomoeda recuperar o patamar de US$ 31 mil na segunda-feira (6). Por volta das 21h15 de ontem, a moeda digital iniciou uma queda aguda (a segunda em uma semana) que levou o preço para a casa dos US$ 29.300 ainda de terminar o dia – um recuo de mais de 6% em duas horas. Às 7h05 de hoje, o BTC opera a US$ 29.590, em queda de que se mantém em 6% nas últimas 24 horas.
Entre as altcoins com maior valor de mercado, o pior resultado do dia é da Solana (SOL), que ainda lida com sua mais recente crise de credibilidade após sofrer nova pane na semana passada e cai 12% hoje. Na sequência, aparece a Binance Coin (BNB), que cede quase 9% em meio à notícia de que a exchange estaria sob investigação de autoridades dos Estados Unidos pela suposta venda irregular do ativo digital em 2017 (mais detalhes abaixo).
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O Bitcoin mais uma vez mostrou correlação positiva com as ações, acompanhando futuros da Nasdaq, que registraram queda de 0,95% na noite de ontem. O movimento frustrou investidores que tentaram surfar em uma aparente retomada do Bitcoin, que acabou somando mais um dia na sequência de movimentos laterais, entre os US$ 29 mil e US$ 32 mil, que já dura quase um mês.
Ainda ontem, Joe DiPasquale, CEO da gestora de fundos de criptomoedas BitBull, havia alertado que seria necessário ver um rompimento convincente dos US$ 31-32 mil para adotar um tom mais otimista. “O BTC permanece fraco até violar conclusivamente a faixa de US$ 31 mil a US$ 32 mil”, disse ao CoinDesk. “No entanto, continuamos a ver algumas compras abaixo de US$ 30 mil que estão mantendo o preço”.
A nova queda pegou alguns analistas de surpresa. Greg King, por exemplo, CEO e fundador da gestora de ativos de criptomoedas Osprey Funds, afirmou ontem que “podemos estar chegando ao fundo aqui com o Bitcoin”, quando o preço ainda rondava os US$ 31 mil.
Para ele, investidores institucionais fazem a diferença para o Bitcoin no ciclo atual, o que faria com que o preço não caísse tanto quanto em 2013 e 2018, quando a criptomoeda desvalorizou mais de 80% após um período prolongado de alta. Atualmente, o Bitcoin acumula perdas de cerca de 60% desde que atingiu a máxima histórica de US$ 69 mil em novembro do ano passado. “Os compradores institucionais estão comprando essa queda”, apontou.
Traders de derivativos que apostaram na alta do Bitcoin também foram contrariados, e perderam US$ 218 milhões em posições liquidadas em bolsas de derivativos entre ontem e hoje, segundo dados da Coinglass.
Agentes de mercado seguem atentos a uma reunião do Banco Central Europeu no final desta semana, na qual autoridades lideradas pela presidente Christine Lagarde devem anunciar o fim das compras de títulos e sinalizar a aumentos na taxa de juros, provavelmente a partir de julho, como parte das providências para conter o aumento da inflação.
Já na sexta-feira (10), investidores ficam de olho na divulgação do Índice de Preços ao Consumidor dos EUA. Segundo o FactSet, economistas estimam que o dado de inflação de maio foi provavelmente de 8,2% superior ao de 12 meses atrás, representando uma queda em relação ao ritmo de altas de abril (8,3%) e março (8,5%).
Em participação ontem durante o Cripto+, o especialista em análise gráfica Vinícius Terranova afirmou que os fatores macroeconômicos ainda dominam o sentimento do investidor e devem dar o tom do preço do Bitcoin por algum tempo. Dessa forma, a depender de como o mercado reage às notícias sobre inflação e aumento dos juros, ainda estaria aberta a possibilidade de o Bitcoin recuar para menos de US$ 24.500, a mínima registrada no mês passado.
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Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h05:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin (BTC) | US$ 29.590,87 | -6% |
Ethereum (ETH) | US$ 1.764,94 | -7,6% |
Binance Coin (BNB) | US$ 283,83 | -8,7% |
Cardano (ADA) | US$ 0,586507 | -8,1% |
XRP (XRP) | US$ 0UUSUS$ 0,390777 | -4,4% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Gala (GALA) | US$ 0,082598 | +3,8% |
Leo Token (LEO) | US$ 5,20 | +3,1% |
As criptomoedas com as maiores quedas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Terra (LUNC) | US$ 0,00007238 | -14,7% |
Avalanche (AVAX) | US$ 23,83 | -13,2% |
Internet Computer (ICP) | US$ 6,93 | -12,5% |
Axie Infinity (AXS) | US$ 19,69 | -12,3% |
Neo (NEO) | US$ 11,48 | -12,1% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
ETF | Preço | Variação |
Hashdex NCI (HASH11) | R$ 25,59 | +7,07% |
Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 35,54 | +6,24% |
Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 26,05 | +5,16% |
Hashdex DeFi (DEFI11) | R$ 22,16 | +9,16% |
Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) | R$ 22,20 | +5,76% |
QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 9,49 | +6,62% |
QR Ether (QETH11) | R$ 6,55 | +6,5% |
QR DeFi (QDFI11) | R$ 3,97 | +2,31% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta terça-feira (7):
Binance estaria sob a mira da SEC por venda irregular da BNB
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) está se debruçando sobre a oferta inicial (ICO) do token Binance Coin (BNB) realizada em 2017 para entender se a ação configurou ou não uma oferta irregular de valor mobiliário, informou a Bloomberg ontem citando fontes confidenciais.
Sem comentar os detalhes da investigação, um porta-voz da Binance disse ao CoinDesk por e-mail: “Como a indústria cresceu em ritmo acelerado, temos trabalhado muito diligentemente para educar e ajudar as autoridades e reguladores nos EUA e internacionalmente, ao mesmo tempo em que aderimos às novas diretrizes. Continuaremos a atender a todos os requisitos estabelecidos pelos reguladores.”
A Binance também está atualmente sob investigação nos EUA pelo Departamento de Justiça, pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC) e pelo Internal Revenue Service, órgão equivalente à Receita Federal. A Binance é a maior exchange de criptomoedas do mundo e diz que não está domiciliada em nenhum país.
Segundo a reportagem da Bloomberg, a SEC também está investigando empresas formadoras de mercado pertencentes total ou parcialmente pelo CEO da Binance, Changpeng Zhao, que fazem negócios com a Binance.US, afiliada da bolsa global que sede nos EUA.
De acordo com o site, um dos focos da SEC é investigar se a Binance.US é totalmente independente da bolsa global e se os funcionários podem estar envolvidos em negociações na plataforma se valendo de informações privilegiadas.
(Mais informações em breve)
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Fonte
www.infomoney.com.br