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Depois da derrocada de mais de 77% na véspera, com a empresa perdendo R$ 8,4 bilhões de valor de mercado, as ações da Americanas (AMER3) tentam uma recuperação parcial nesta sexta-feira (13), após um início de sessão volátil. Às 11h08 (horário de Brasília), os ativos subiam 6,99%, a R$ 2,91, tendo depois entrado em leilão, o que deve marcar mais uma vez o pregão para os ativos. Entre outras empresas do setor; às 11h14, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) subiam 7,52%, a R$ 3,43, enquanto Via (VIIA3) tinha alta de 4,88%, a R$ 2,58, no mesmo horário; na véspera, MGLU3 tinha subido cerca de 5%, enquanto VIIA3 caiu cerca de 5%.

As ações da Americanas afundaram na quinta-feira após a revelação na véspera de que os balanço da companhia pode ter um rombo de R$ 20 bilhões relativo a transações com bancos e fornecedores.

O ex-presidente da Americanas Sergio Rial, que assumiu em 2 de janeiro e ficou 9 dias no cargo antes de renunciar na véspera, participou de uma conferência fechada na manhã desta quinta-feira e citou que os problemas decorrem de diferenças de contabilização do custo financeiro de dívida bancária em relação à dívida com fornecedores.

Segundo Rial, a falta de clareza em torno de classificação de operações de “risco sacado”, uma antecipação de recebíveis dos varejistas junto aos bancos, como dívida bancária, é algo que permeia o setor de varejo nacional “desde a década de 1990”.

Em sua fala, o executivo afirmou que identificou “sinais de que talvez o nível de transparência e talvez a vontade da própria gestão em querer falar de problemas e desafios não estivesse tão fluída na organização como deveria”.

Rial tentou mostrar que a varejista ainda é viável. Mas ele ressalvou que a empresa precisará de um aumento de capital significativo, sem fazer projeções sobre a dimensão do aporte que os acionistas terão de fazer na empresa após o escândalo.

Assim, cabe destacar que, apesar da alta nesta sessão, o cenário ainda é de muita cautela para os ativos, com uma série de corretoras colocou as recomendação das ações da Americanas em revisão desde a noite de quarta-feira. Na noite de quinta, foi a vez do Credit Suisse, que destacou a série de incertezas ainda no radar para a companhia.

Enquanto isso, as outras varejistas sobem, com os investidores monitorando os possíveis efeitos do “caso Americanas” para  setor.

Na véspera, as ações de Magalu e Via abriram em forte queda, com temores de que as mesmas práticas contábeis feitas pela Americanas poderiam ser feitas pelas outras duas companhias.

Contudo, na véspera, o próprio Magalu buscou esclarecer com agentes de mercado durante a sessão que não recorre a financiamentos bancários para pagar fornecedores com prazo adicional. Já a Via divulgou comunicado na noite da véspera apontando que todas as suas operações de risco sacado estão registradas nas Demonstrações Financeiras da companhia em conformidade com as normas internacionais de contabilidade.

(com Reuters)


Fonte

www.infomoney.com.br

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