Depois de divulgar um misterioso rombo de R$ 20 bilhões, a Americanas (AMER3) decidiu deixar a lista de patrocinadores do Big Brother Brasil 2023, da TV Globo. A saída da varejista abriu espaço para um de seus principais concorrentes, o Mercado Livre (MELI34), que agora assume a chamada cota Big, que tem valor estimado em R$ 100 milhões.
Segundo o Mercado Livre, o contrato do BBB inclui a participação em atividades e dinâmicas rotineiras do programa. “Será uma oportunidade de potencializar as conexões com o público consumidor e empreendedores de todo o país, comunicando benefícios e vantagens do nosso ecossistema”, disse o e-commerce.
Em nota, TV Globo afirmou que compreende a decisão da Americanas em focar na gestão dos negócios. A emissora também desejou boas-vindas ao Mercado Livre, salientando que ambas as varejistas são parceiras de longo prazo.
Todo esse imbróglio se desenrola três dias antes do início do principal reality show do país, que tem potencial para alcançar mais de 160 milhões, conforme estimativa dos organizadores. Programas anuais, como BBB e A Fazenda, têm feito parte do calendário de publicidade de diversas marcas, por ampliar a exposição delas tanto no ambiente online quanto no off-line.
No ano passado, por exemplo, a Americanas reportou um crescimento de 50% nos acessos ao seu site e aplicativo depois de patrocinar uma das dinâmicas do programa da Globo. Diante disso, patrocinadores que foram carta marcada nas últimas edições do reality show renovaram a presença para a edição deste ano, marcada para começar na próxima segunda-feira, dia 16 de janeiro.
Dívidas da Americanas somam R$ 40 bilhões
Conforme revelou a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Assed, concedeu uma medida de tutela de urgência cautelar a pedido da Americanas, após o anúncio da descoberta do rombo contábil de R$ 20 bilhões na última quarta-feira (11).
Essa medida teria a capacidade de suspender a possibilidade de um bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa. Além disso, adiaria a obrigação da varejista de pagar suas dívidas até que um eventual pedido de recuperação judicial seja feito à Justiça, fazendo com que a companhia “ganhe tempo”.
O juiz deu um prazo de 30 dias para que a Americanas peça recuperação judicial, se avaliar que é o caso. Segundo o colunista, este será o caminho tomado pela varejista. Procurada pelo InfoMoney, a companhia ainda não se pronunciou sobre os temas.
Fonte
www.infomoney.com.br