As ações da Paranapanema (PMAM3), que tem a Caixa Econômica Federal como acionista, perdiam cerca de um quarto de seu valor na bolsa de valores nesta quinta-feira (1), após a empresa ajuizar pedido de recuperação judicial em São Paulo.
A Paranapanema, que afirma ser a única empresa a transformar o cobre mineral em metal no Brasil, informou na noite da véspera que entrou com o pedido na 1° Região Administrativa da Comarca do Estado de São Paulo.
A companhia já vinha realizando acordos com credores nos últimos anos e atribuiu, em documento judicial, sua situação às crises econômicas de 2015 e 2016 e à pandemia de Covid-19, além de uma parada operacional em unidade na Bahia por problemas de gasoduto mais cedo neste ano.
Às 14h40 (horário de Brasília), a ação despencava 23,62%, a R$ 4,56, tendo atingido mínima de R$ 4,44 mais cedo, menor cotação em cerca de 30 anos, segundo dados da Refinitiv. O papel, listado desde 1971, tem pouca liquidez na bolsa. No mesmo horário, o Ibovespa, índice do qual a Paranapanema não faz parte, cedia 1,31%.
O pedido de recuperação judicial, em caráter de urgência, se estende às controladas Centro de Distribuição de Produtos de Cobre e Paraibuna Agropecuária.
A companhia afirmou que, por meio do plano de recuperação judicial que será apresentado à apreciação da Assembleia Geral de Credores, dentro dos prazos legais previstos, pretende reestabelecer seu equilíbrio econômico financeiro e honrar os compromissos assumidos com seus diversos stakeholders e, em um futuro próximo, retomar seu crescimento, dentro das reais possibilidades operacionais e financeiras.
O grupo, que tem a Caixa Econômica Federal (com fatia de 16,2%) e a operadora global de commodities Glencore(com 5,7%) no seu quadro acionário, fechou o terceiro trimestre com dívida líquida de R$ 3 bilhões e emprega cerca de 1.670 pessoas.
(com Reuters)
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